sábado, 29 de março de 2008

Desenho infantil


Muito além dos rabiscos
Há pais que guardam os desenhos dos filhos pequenos movidos por carinho. Outros olham para os rabiscos por um segundo e disparam o elogio automático: “Que bonito”. E há os que simplesmente não ligam para o que vêem – afinal... são apenas desenhos infantis! Embora muitos pais não estejam atentos para isso, as garatujas, formas e figuras que os filhos colocam habitualmente no papel, representam uma fonte de informações valiosa em sua tarefa de educá-los e formar sua personalidade. Os desenhos dizem muito sobre o temperamento, o perfil psicológico e o estado emocional das crianças. Refletem a forma como elas enxergam seu ambiente familiar e o mundo à sua volta. Constantemente, também revelam dificuldades pelas quais elas estão passando em casa, na escola ou nas relações sociais.
Decifrar corretamente os desenhos infantis – e descobrir o que está por trás dessas janelas do consciente e do inconsciente – nem sempre é fácil. Exige sensibilidade e alguma prática. Mas tampouco é um bicho-de-sete-cabeças. Para ajudar os pais nessa tarefa, acaba de chegar às livrarias uma obra bastante útil: Como interpretar os Desenhos das Crianças, da pedagoga canadense Nicole Bédard (Editora Isis, tradução de Maria Lucia de Carvalho Accacio, 114 páginas).
Centrado nas faixas de idade que vão de 18 meses a 6 anos (quando então a leitura e escrita começam a substituir o desenho na expressão infantil), o livro é um manual dividido em verbetes simples e diretos. Permite que os pais interpretem as criações artísticas de seus rebentos em questão de minutos – como se consultassem um dicionário. Começa por dissecar o significado da escolha do tipo de lápis e papel. A seguir, detém-se na simbologia das cores e, finalmente, no que representam os elementos mais comuns nos desenhos infantis – a casa, o sol, as árvores e plantas, as figuras humanas, etc. Ao final, a título de exercício, a autora reproduz 20 desenhos de crianças (infelizmente em preto-e-branco na edição brasileira), analisando e interpretando cada um deles. Tudo bem mastigado. “Não devemos esquecer que o que nos interessa é o simbolismo e as mensagens que o desenho transmite, e não sua perfeição estética”, adverte a autora.
Decifre seu filhoSegundo Nicole, se a criança escolhe uma folha de papel pequena, indica capacidade de concentração e certa tendência à introversão. Se nessa mesma folha ela aplicar traços menos definidos, superficiais ou feitos com pouca pressão do lápis, estará exteriorizando uma falta de confiança em si própria. A criança uma folha de formato médio.
Ainda quanto às escolhas iniciais para o desenho, é importante observar por onde a criança o começa: se for pelo lado esquerdo da folha, significa que seus pensamentos estão girando ao redor do passado; se for pelo lado direito, quer dizer que ela deposita fé e esperanças no futuro; o início no centro indica que ela está aberta a tudo à sua volta e no momento não vive ansiedades nem tensões de maior monta.
As cores, de acordo com Nicole Bédard, também fornecem pistas sobre o que vai pela cabeça dos pequenos desenhistas. A preferência pelo vermelho revela uma natureza enérgica, espírito esportivo e, por outro lado, pode sinalizar algum tipo de agressividade. Já o amarelo representa “o conhecimento, a curiosidade e a alegria de viver”. A criança que usa essa cor com freqüência é generosa, extrovertida, otimista e ambiciosa. O preto, avisa a autora, costuma ser uma cor mal interpretada pelos pais, associada a maus pensamentos ou tristeza. Não necessariamente é assim. O preto representa o que vai pelo inconsciente e mostra que a criança tem confiança em si mesma e no dia de amanhã, além de ser adaptável às circunstâncias. Quando o preto vem acompanhado do azul, no entanto, talvez revele um sentimento de depressão e derrota.
Os desenhos e a psicologiaMuitos leitores podem se perguntar se essas interpretações não são um pouco genéricas e um tanto simplistas. Em outras palavras: não é arriscado tomar como base a escolha de determinada folha de papel ou de certas cores para definir traços de personalidade ou o estado de espírito de uma criança? De modo geral, as colocações da autora encontram eco na psicologia, na pedagogia e em outras ciências. A cromoterapia – cujas origens remontam às antigas civilizações – é hoje uma prática terapêutica consagrada na qual cada cor do espectro está relacionada a um efeito sobre o meio ambiente ou a uma reação daqueles que o habitam. “Existe toda uma herança sociocultural por trás desses simbolismos; aquilo que o psiquiatra Carl Gustav Jung chamava de inconsciente coletivo”, observa o psicólogo Fabiano Murgia, pai de Carollina Carina, coordenador clínico do Centro de Vivência Evolução, entidade de São Paulo que trabalha com crianças com necessidades especiais. “Nos desenhos infantis, o sol, por exemplo, está quase sempre relacionado à figura paterna: ele está lá em cima, transmite calor, é o provedor”, diz Murgia. “E a ancestralidade também se estande às cores.”
A interpretação das figuras humanas e dos elementos da natureza nos desenhos infantis compõe a parte mais atraente do livro de Nicole Bédard.O mesmo sol a que o psicólogo se refere acima tem para ela significados um pouco mais complexos. Nicole afirma que o sol representa a energia masculina, mas sustenta que, quando desenhado à esquerda do papel, pode representar a influência de uma mãe de índole muito independente, e quanto mais fortes forem os raios, mais a mãe será controladora e do tipo que impõe sua vontade em todas as situações.
Já o sol situado à direita do papel revela a percepção que a criança tem a respeito do pai. Se for muito intenso, radiante, pode indicar um pai com tendências à violência verbal ou física. Quando o sol estiver no centro do papel, ele representa a própria criança: um auto-retrato. “Nesse caso”, escreve Nicole, “estamos diante de uma criança que acredita ter certa responsabilidade por sua mãe e por seu pai – talvez se trate de uma família desarticulada, mas ela possui o caráter e o potencial necessários para fazer frente à situação.”
A família no papelAs figuras humanas, tão freqüentes nos desenhos infantis, são excelentes pistas para se desvendar o que vai por dentro das pequenas cabeças. Na maioria das vezes, ao desenhá-las, as crianças estão retratando a si próprias ou as pessoas com quem elas convivem cotidianamente, principalmente os pais e parentes. Os traços mais importantes que se deve observar nas figuras humanas são o rosto, a posição dos braços e os pés.
À luz da pedagogia, o auto-retrato infantil pode ser analisado por outros ângulos. “Quando a criança desenha a si própria, está mostrando exatamente como ela está, como se sente”, aponta a educadora infantil Luciane Isabel de Freitas, filha de Eliza, professora do colégio São Luís, de São Paulo. “Quando ela se retrata num cantinho da folha de papel, não está tendo o reconhecimento corporal dela própria, ainda não percebeu seu corpo no espaço, e também por isso pode esquecer de desenhar os olhos ou os braços – isso é normal até os 7 anos”, completa.
Outro tema recorrente nos desenhos infantis, e que pode ser bastante esclarecedor para os pais, é a casa. Quem acha que as casinhas coloridas são todas parecidas, deve começar a prestar atenção nos detalhes. Se a proporção da casa no desenho é muito grande, a criança está vivendo uma fase mais emotiva do que racional. Se a casa é muito pequena, significa que ela é introspectiva, talvez com algumas perguntas girando na cabeça. Uma porta pequena na casa sinaliza uma criança que tem dificuldades em convidar as pessoas para visitá-la, é seletiva com os amigos e parentes, não gosta que lhe façam muitas perguntas e nem que a observem. Uma porta grande, em contrapartida, é sinal de boas-vindas para quem quiser fazer parte de seu cotidiano.
E – surpresa! – atenção também à maçaneta da porta. Quando a criança a desenha à esquerda, significa que seus pensamentos estão ligados ao passado – e dessa forma ela busca confiança para enfrentar o futuro. Essa criança não aprecia transformações bruscas e precisa de tempo para assimilar novas idéias. Maçaneta à direita é sinal de que a criança tem desejos constantes de mudanças, aprecia os imprevistos positivos, as aventuras, e arrisca-se a antecipar o futuro. Maçaneta no centro indica uma criança em busca de independência e autonomia, e também teimosia e tendência de impor as próprias vontades.
Nicole Bédard chama a atenção para o fato de que não se deve avaliar a personalidade, os pontos altos e baixos e as necessidades de uma criança com base em apenas dois ou três desenhos. O ideal é utilizar vários deles feitos num determinado espaço de tempo. “A cada nova informação que recebe, a criança reestrutura a sua forma de ver o mundo e, por isso, na análise do desenho, é preciso levar em consideração o momento que ela vive”, pondera a educadora Thereza Bordoni, mãe de Samuel e Humberto, diretora da ABC Pesquisa e Desenvolvimento em Educação, de Belo Horizonte, e que tem nos desenhos infantis uma de suas especialidades pedagógicas. “A criança costuma colocar perto de si, no papel, as pessoas com quem ela mantém os laços mais fortes, mas se a mãe dela, naquele dia, a proibiu de comer um chocolate, poder ser retratada de forma menos afetuosa, o que é eventual e não corresponde à realidade de seus sentimentos”, conclui Thereza.
Bom sensoPor fim, um conselho importante aos pais: jamais interfiram nos desenhos das crianças, alegando que não existem árvores com peixes nos galhos ou casas suspensas no céu. Por trás desses bem intencionados “conselhos”, dessa carinhosa objetividade, repousa o temor de que seu filho não se integre à realidade do mundo e, portanto, não vá em frente na vida. Engano. A criança provavelmente irá responder que sua árvore é diferente das outras porque vem de Marte e que a casa pertence a um super-herói capaz de voar. Dê um sorriso e tranqüilize-se: ela está sendo original e, portanto, desenvolvendo a capacidade de afirmar as próprias opiniões e de desbravar seus caminhos. Não é isso que todos queremos?CONSULTORIA

sexta-feira, 28 de março de 2008

Sabemos que tem dias que as crianças estão com a corda toda. Usa-se os cartões para isso.Cada cartão de uma cor simboliza uma ação.Exemplos:cartão azul = ESTÁTUAcartão amarelo= DAR UMA GARGALHADAcartão vermelho= PAREcartão preto= ABAIXARcartão rosa = VOZ "INVISÍVEL" (SEM SOM)cartão branco= DAR UM ABRAÇONa sala temos um cartaz com essas legendas.Funciona muito , exemplo estamos andando em fila de repente levanto o cartão azul ,imediatamente todos ficam estátuas. è um barato eles adoram e ficam mais calmos. ESpero que possam auxíliar vcs também.Os comandos vcs escolhem.

terça-feira, 25 de março de 2008

Limites, como é difícil...


DESENVOLVENDO A PERSONALIDADE1º) Os filhos não precisam de pais gigantes, mas de pessoas que se comuniquem e lhes penetrem o coração, que lhes ajudem a SER pessoas saudáveis e responsáveis. (adaptado de A.Cury).a) Compartilhem com eles a sua vida - alegrias e medos, vitórias e derrotas etc. Isto ajuda e termos uma relação mais autêntica com eles. E faz com que eles tenham uma visão maior da realidade. E a nos ver como tão humanos quanto eles. Atente para isto, pois a infância passa rápido. A adolescência precisa de nossa direção. E em todas fases eles precisam de segurança e apoio. Obs: não devemos confundir sustento com apoio. b) Nutra suas personalidades - alimente o sentimento de moral e de justiça. Estimule a inteligência e o bom senso. Dê consciência de seus limites.c) Cuide de sua auto-estima. Fale de seus valores. Elogie seus atos positivos. Ofereça carinho verbal e físico. Entenda seus medos e ansiedades. Estimule-o. Dê a ele a oportunidade de fazer. Mostre que você acredita na capacidade dele. Deixe claro que o ama não pelos resultados mas por sua pessoa. d) Ensine-o a reflexão - sempre que possível fale do conteúdo das coisas e do real valor que devemos dar a elas. Por exemplo: vale-se pelo que se e e não pelo que se tem. Lembre-os que na vida há vitórias e fracassos; alegrias e tristezas.e) Ofereça-se a seu filho - se não passarmos tempo com eles quando criança, eles podem não querer nossa companhia quando crescerem. E na infância que somos capazes de influencia-los com convicções e valores, mas precisamos de tempo para isso. f) Ensine a ele a ter responsabilidade e respeito pelas pessoas. Estabeleça limites e conseqüências. (trechos de b a f - resumidos e/ou parafraseados, da primeira parte, do livro pais brilhantes professores fascinantes). ESTABELECENDO LIMITES Se os aspectos anteriores se referem a concessão de amor e estimulo a liberdade, LIMITE se a exercício do amor mas de contenção da liberdade. O limite ajuda a valorizar o outro e a gerar responsabilidade. Se os pais são hipersolícitos e não impõem limites e conseqüências, o filho irá aprender que todos estão a sua disposição e que ele não deve arcar com o ônus de seus atos. Logo, estabelecer limites e conseqüências não é provocar traumas mas participar do processo de lapidação de caráter do ser humano, e contribuir para a sociedade. E acima de tudo é obedecer a Palavra de Deus que determina: " ....." "Um dos fatores que mais geram insegurança na criança(filhos) é ela pensar que não existem limites para sua conduta ou que, se existem, pode ultrapassá-los" (Rob Parsons . Pai 60' - p.78). Como limite é um ato de contensão da liberdade temos que estar conscientes que: - provavelmente haverá conflito;- ele é necessário, pois desenvolve valores e responsabilidade;- a não imposição hoje, pode ser decepção, ou um conflito muito maior, amanhã;- Deve ser precedido da seguinte pergunta: Este conflito vale a pena? Este limite vai desenvolver o caráter?Exemplo: Por que devo ordenar que meu filho guarda suas coisas e arrume sua cama? Pode dizer, entre outras coisas, que ele precisa aprender que ele deve ser responsável por suas coisas. Ou que num grupo ( no caso família), todos devem cooperar pela ordem das coisas. "Quem cresce apenas dentro do principio do prazer não chega ao principio da ética e da responsabilidade" Içami Tiba - O executivo e sua família - p.60Dar limites é ensinar que os direitos são iguais para todos. É dizer SIM quando possível e NÃO quando necessário e se tam uma razão concreta. É ensinar a ver o mundo com uma conotação social e não psicológica( segundo meus desejos).É ensinar a tolerar frustrações no presente para que os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade.MAS COMO APLICAR ESTES LIMITES ?Alguns PRESSUPOSTOS: - Saiba discernir entre NECESSIDADES(ligadas ao desenvolvimento) e DESEJOS( ligados ao prazer). Necessidades devem ser atendidas, já desejos podem ser. Exemplos:

NECESSIDADES
DESEJOS
Comer quando com fome
Comer danoninho ao invés de almoçar
Ter roupas confortáveis e adequadas
Exigir roupas de marca
Dormir
Ficar dormindo e não ir a escola porque ficou acordado até muito tarde

- Seja exemplo, viva de acordo com seu discurso, de modo coerente aos limites que impõe.- Não seja autoritário, explique a causa do limite; ouça seu filho; mas se for imprescindível haja impositivamente. OBS: em regra os filhos entendem os limites, mas não aceitam. APLICAÇÃO 1) sempre deve ser aplicado com amor, coerência(adequação), constância( formar caráter requer tempo), e conseqüência ou correção (justiça);"a disciplina aplicada com amor fortalece o relacionamento e a personalidade, mas uma crítica ferina e injusta pode destruí-lo" Parsons Cuidado com a auto-estima. Ataque a conduta não a pessoa. 2) Deve haver regras claras e coerentes para sua aplicação;3) Devemos trabalhar o perdão. Fatos do passado podem ser usados se servirem para reforçar o desenvolvimento. Mas não devem ser usados como instrumentos de opressão ou humilhação.4) Tenha consciência da vulnerabilidade e trabalhe e humildade, pois nos também erramos. Não perca a oportunidade de pedir desculpas. 5) Seja coerente, o limite deve ter um motivo e deve ser aplicado no nível cognitivo/afetivo certo. Uma regra infantil não cabe para um adolescente. 6) Haja com constância e oportunidade. Desenvolver a personalidade leva tempo. A aplicação de um limite exige o tempo certo, para gerar consciência. 7) Seja justo e equilibrado. A regra foi infringida, aplique a conseqüência. A ação ou o problema e pequeno releve ou imponha uma sanção leve. Atitudes graves exigem ações firmes e fortes. 8) Premie ou elogie o bom comportamento. E faça-a assumir a conseqüência dos maus comportamentos. E lembre-o que elogios ou prêmios( não materiais) são melhores que conseqüências e sanções. Prêmios: elogios particulares e/ou na frente de outros, um bilhete afetuoso, sair para um lugar que ele gosta. 8) Prometeu execute! Quer uma recompensa quer uma sanção. Só é capaz de amar e impor limites quem tem autoridade. A FALTA OU EXCESSO DE LIMITESPara Içami Tiba (p.70), ao deixar de dar limites para não contrariar; para poupar ou para não aborrecer, você está desenvolvendo a irresponsabilidade e a falta de noção de realidade. Segundo a psicóloga Tânia Zagury a falta de limites pode levar as seguintes atitudes, conforme a evolução etária ou do comportamento: (p.37-- Descontrole emocional, histeria, ataques de raiva. ( em geral de 01 a 05 anos);- Dificuldade crescente de aceitação dos limites ( 06 a 08 anos);- Distúrbio de conduta; desrespeito aos pais, colegas e autoridades; incapacidade de concentração; dificuldades para concluir tarefas; excitabilidade; baixo rendimento. 09 anos ...) Segundo Zagury, são confundidos com crianças hiperativas. - Agressões físicas se contrariado; descontrole; e até problemas psiquiátricos nos casos de predisposição. Nestes casos a criança sem limites cresce com uma deformação na percepção da realidade e do valor de outra pessoa. Por outro lado o excesso de limites pode limitar a criança, gerar um baixa auto-estima; torna-la reprimida ou ansiosa. BIRRAS Os filhos mais novos (até 06 anos) fazem birra, os maiores expõem sua oposição eus hormônios. Não ceda as birras. Não permita o show, se necessário segure-o com firmeza, não permite que ele pense que está no controle. Assim que ele se acalmar explique que sua conduta está errada e que você não vai tolerar. Se necessário use o castigo ou corretivo.Birra é a oposição aos limites em busca do prazer pessoal. Por isso a necessidade de agir com firmeza dentro de um atitude com coerência, constância e conseqüência. Se possível explique, se não, apenas aplique o limite. Mais do que explicação a criança precisa de firmeza e segurança. Como sugestão, a fim de evitar birras, procure não sair me horários que as crianças estejam cansadas ou com sono. Não demore muito em lugares estressantes ou de nenhum interesse para criança. Se possível leve brinquedos ou a companhia de outras crianças. Todos gostamos de lugares agradáveis e de boa companhia. HORMÔNIOSJá os filhos adolescentes e jovens exigem um postura diferente, pois estão em profunda mudança intelectual, emocional e fisiológica. Conhecer suas principais características é essencial. O adolescente com testosterona (da força) fica impulsivo, irritado, agitado e mau- humorado. A adolescente com estrogênio ( da ligação) quer reuniões, falar muito, dividir experiências e compartilhar coisas. Ambos têm dificuldade para administra seus conflitos e estão em busca de sua identidade - por isso a importância da turma, pois precisam pertencer. Por outro lado sofrem de embriaguez relacional - fazem coisas em grupo que não fariam sozinhos ou com os pais.Estão em desenvolvimento da visão abstrata, que associada a sua busca de identidade, geram os questionamentos e oposições. Quando possível tolere um pouco o mau-humor; a cara feia, de resmungos etc ( é comum um pouco de depressão).Elogie as vitórias sociais, escolares, esportivas e espirituais. Estimule a independência. E busque sempre uma oportunidade de diálogo. E por causa da embreaguez relacional procure conhecer seus amigos, e discretamente direcione-o para certos grupos que você sabe podem ter bons comportamentos. E não se esqueça que o ser humano não é um "anjinho". Estudo - outro problema complexo de se tratar com adolescentes é ESTUDO. Primeiro devemos ter em mente que a visão e experiência dele não é a nossa. E que ele está numa fase de transformação, aprendizado e conflitos. Alem disso ate por volta do 17 anos seu cérebro é instável em sua função cognitiva e afetiva, por isto tantos altos e baixos. Temos que lembrar também que nosso adolescente é multidisciplinar, está acostumado com multimídia. Eis o porquê de ser comum encontrá-lo lendo ao mesmo tempo que houve um CD ou assiste a MTV e come um sanduíche com coca-cola. Dê atenção a ele, "peca-lhe para dar uma aula, adolescente gosta de se sentir poderoso (Içami Tiba p.71). Assim treinamos sua atenção e capacidade de comunicação. Procure escolas que se concentrem tanto no aspecto cognitivo quanto afetivo. Onde haja uma boa relação professor aluno e onde a aula seja dinâmica. Apóie seu filho nas áreas de educação de seu interesse (informática, esporte etc). Acompanhe suas atividades, valorize seu ensino não apenas pagando uma boa escola, mas demonstrando que você se importa com ele. Não cobre excessivamente os resultados, analise o desenvolvimento global dele.Drogas - os padrões dos adolescentes podem se modificar de acordo com a turma, é o que Içami Tiba chama de "embriaguez relacional". Por isso é importante saber ou orientar bem o adolescente quanto sua turma ou companhia. Se necessário você deve levá-lo aos suas saídas, para estar por dentro de seus relacionamentos. E deve estimulá-lo a se relacionar com determinado grupo, sempre respeitando-o. O convívio pode levar a mudança de opinião, daí a preocupação com as companhias. Devemos ter consciência também que nosso filho não é um anjinho. E que droga da sensação de prazer e força, coisas que o adolescente quer mais que preservação do corpo. Alem disso ele ainda não tem a exata noção dos riscos e conseqüências, seu cérebro e emoções estão em formação. Esteja aberto a conversas do cotidiano, só assim mantemos o canal aberto para diálogos. Entretanto saiba que seu filho não vai contar tudo para você, pois nos somos pais e não seus colegas, mesmo que tenhamos um ótimo relacionamento. Afinal amigo, em regra, não estabelece limites e aplica sanções. Achou droga, seja firme e busque ajuda, a familiarização leva ao descuido. Não aceite desculpas bobas, desconfie. Droga, em regra, é como traição conjugal, enquanto o traído acredita o infiel continua traição. Desconfie do choro e das frases "só experimentei"; "eu deixo quando quiser". Nestes estágios é imprescindível pedir ajudo, pois ele e você já estão emocionalmente comprometidos, e isto distorce a visão de realidade.Quer o álcool ou outro tipo de dependência, o vicio só adormece, esteja sempre atento ao agente despertador.No caso de drogas cuide e ame seu filho, mas lembre-se ele é um ser humano com liberdade, por isso não desista dele, mas estabeleça limites e opte pela família. CONCLUSÃO

Somos da geração da maquina de escrever, eles são da geração da multimídia. Logo, nossos filhos são super-estimulados e cheios de duvidas, pois recebem muita informação mas não são conduzidos a refletir. Somos da geração da afetividade (almoço com a vovó), eles são da geração da materialidade (almoço e passeio no shopping).Por isso, mais do que de limites, eles precisam de atenção e companhia. "nos afadigamos tanto para dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos, que não temos tempo de dar-lhes o que tivemos" ( atenção, carinho, presença etc).Quando trocamos a afetividade pela materialidade enviamos a mensagem que não vale a pena trabalhar e estudar tanto. Por isso ama-se cada vez menos, e cada vez mais há jovens furtando tênis e celulares, ou se prostituindo para ter bens, sem se importar com relacionamentos ou conseqüências. Quem educa ama e estabelece limites, pois estes são os elementos essenciais para o desenvolvimento e formação da personalidade.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Mas eu quero!



Mas eu quero !



Tenho presenciado cenas e vivido situações, principalmente com crianças na faixa etária entre 5 e 9 anos, que acreditam que basta elas quererem para que devam ser atendidas. Tem-se a impressão de que a criança aprendeu que a simples simulação desta frase, "mas eu quero...", estabelece o motivo e a obrigatoriedade de serem atendidas, incondicionalmente, em seu desejo.
Ouço depoimentos de professores relatando histórias de alunos que se negam a fazer lições de casa ou a estudar determinado tema, ou a participar de um trabalho coletivo e, como justificativa, estas crianças dizem que não querem, que é chato. Quando os professores insistem, dando um limite claro, que é importante e necessário fazer determinada atividade escolar, elas replicam, revestidas de autoridade, que não querem fazer e que não vão fazer.
E agora? Como proceder? Estas crianças acreditam que só devem fazer o que lhes dá prazer, o que elas aceitem. Não aceitam submeter-se a um processo mais trabalhoso e mais elaborado. Não aceitam os procedimentos necessários à aprendizagem. Não querem, como se diz em linguagem popular, suar a camisa. Se estes professores recorrem aos pais, eles replicam, "Você viu só? Ela só faz o que ela quer..." ou ainda , "Ele é fogo...Não obedece mesmo!".
Um pai contou-me que seu filho negava-se a escovar os dentes e que não havia jeito de que o fizesse. Perguntou se ele deveria deixar e esperar que ele amadurecesse e entendesse a necessidade desta higiene ou se ele deveria insistir. E os dentes esperam uma pessoa amadurecer para serem escovados? Parece-me que não!
Ainda conheço um jovem que se nega a ir à primeira aula, pois acha muito cedo. Conheço outro menino que não aceita fazer exercícios; ele acha que basta ouvir o professor explicar. Sei de crianças que se negam a colocar o uniforme da escola por achá-lo feio. Sei de uma menina que não aceita a norma de não comer durante as aulas. Sei de pais que não conseguem que seu filho tome o remédio por ser ruim. Algumas crianças e jovens não vão à recuperação, outros não querem fazer terapia. E assim vai.
O insólito dos relatos não são os fatos em si; pois

quarta-feira, 5 de março de 2008

Texto extraído da Pediatria Radical

A Criança Pequena Negativa e Obstinada
DefiniçãoO negativismo é uma fase normal pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas. Durante este tempo, as crianças respondem negativamente a muitos pedidos, mesmo que sejam agradáveis. Em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama.Como tratar uma criança pequena negativa e obstinadaConsidere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e seu filho durante esta fase.1. Não se ofenda por esta fase normal.Quando seu filho diz "não" ele quer dizer "Tenho que fazer isto?" ou "Você está falando sério"? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor .2. Não castigue seu filho por ele dizer "não".Castigue seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o "Não", ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer "não", prolongará este comportamento.3. Dê a seu filho outras opções.Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele "Quer fazer isso depressa ou devagar?" ou "Quer fazer isto, ou quer que eu faça?"


Procure médico para uma consulta de rotina se: Você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer "não".- Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações.- Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina.- Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês.- Tiver outras perguntas ou preocupações.Escrito por B.D. Schmitt, M.D., autor de "Your Child's Health", Bantam Books.Copyright 1999 Clinical Reference Systems

Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opçãoAs regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, "Sinto muito, mas agora é hora de dormir") As ordens como "Faça isto ou você vai ver" devem ser evitadas.5.Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades.Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.6.Elimine as regras excessivas.Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo o que tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.7.Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas.Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga "Sim" ou adie a decisão dizendo "Vou pensar". Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho começe a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer "não" diga a ele que lamenta e dê um motivo .

domingo, 2 de março de 2008

Planejamento para primeira semana , educação infantil

Projeto Período de AdaptaçãoConsiderando a importância do período de adaptação da criança a escola, sobretudo a criança pequena que freqüenta a escola pela primeira vez, ou aquela que terá um novo nível de escolaridade, o professor tem que ser facilitador neste processo, de forma lúdica, atrativa, segura, prazerosa, dando inicio ao processo de ensino-aprendizagem.As atividades planejadas devem favorecer as crianças na expressão de seus sentimentos, reações afetivas, psicomotoras, culturais e sociais.Não e suficiente que a sala de aula seja atrativa que o professor solucione rapidamente as reações de choro ou outras reações que mostram a inadaptação da criança; é preciso que essas reações sejam explicitadas e atendidas no processo de trabalho pedagógico.Através de um conjunto de "Conteúdos significativos" o professor trabalhará com a criança a sua inadaptação ao novo ambiente, ajudando-a na formação de seu auto-conceito, na sua interação ao grupo, preparando-a assim, para as aprendizagens mais sistemáticas.2. Objetivos2.1. GeralDesenvolver o prazer pela vinda à escola conduzindo as crianças nesta nova etapa, com atividades pedagógicas e recreativas que atendam o processo de separação vivido pela criança, e que estimule a sua individualidade e socialização.2.2. Específicos" Levantar dificuldades individuais;" Favorecer o conhecimento do ambiente escolar;" Identificar as diferenças na adaptação;" Explorar brincadeiras variadas;" Trabalhar a integração ao grupo;" Observar as reações e comportamentos.3. DesenvolvimentoO Professor trabalhará com temas que versarão sobre:1. Quem sou eu?" Do que eu gosto?" Do que eu não gosto?" De onde venho?" Com quem eu moro?" Onde estou?" Com quem estou?

2. O que já sei?" A escola é um lugar onde posso conhecer outras pessoas e aprender.3. Posso saber mais..." Conviver com as pessoas;" Seguir rotinas;" Divertir e fazer amigos;" O nome da escola e das pessoas.4. Gosto muito de desafios!" Conhecer e saber localizar-se nos diversos ambientes a escola;" Aprender o nome dos colegas e do professor(a);" Usar adequadamente os materiais;" Seguir os combinados da turma.Cada série pré-escolar terá atividades próprias a idade da criança, respeitando suas características e o seu modo de aprender.O professor usará da criatividade em sala e em outros ambientes da escola, de acordo com o método e técnicas escolhidas para facilitar a adaptação da criança e a sua aprendizagem.As atividades planejadas para o período de adaptação da criança, deverão ser integradas a outras atividades que objetivam as aprendizagens mais sistemáticas.4. AvaliaçãoO professor no decorrer das atividades deve estar atento a:" Observar e registrar o comportamento/reação da criança ao realizar ou não a atividade;" Observar os progressos e as dificuldades da criança no decorrer do período; as mudanças positivas apresentadas e como as crianças aprendem.O coordenador pedagógico terá como instrumento avaliativos;" A observação do desempenho dos professores na execução do projeto;" Os encontros semanais, com espaço para discussões das dificuldades e avanços;"