segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Disléxicos melhoram com instrução fônica

Adultos com dislexia podem melhorar com instrução fônica.
Fonte: Neuron, 27/10/04
Nova pesquisa mostra que instrução fônica pode realmente alterar a atividade cerebral em adultos com dislexia, resultando em aprimoramentos significativos na leitura.
Com cerca de 112 horas de instrução baseada em fonética, adultos com dislexia mostraram melhoras significativas na leitura e mudanças na atividade cerebral enquanto liam," disse Lynn Flowers, Ph.D., pesquisador principal, da Wake Forest Baptist. "Nós sabemos que a dislexia não é algo com a qual as criança crescem e nossos resultados sugerem que nunca é tarde para a instrução superar essa incapacidade.
Dislexia, ou dificuldade de aprender a ler, é associada com a sub-atividade de áreas do cérebro que processam a linguagem e decodifica palavras em grupos de letras que são associados com padrões sonoros de significado.
Dislexia é a incapacidade de aprendizado mais comum e afeta por volta de 10% da população. A pesquisa envolveu 19 adultos com dislexia e 19 leitores típicos sem dislexia. A idade média dos participantes, que eram majoritariamente a área de Winston-Salem, era 42,5 anos.
Os pesquisadores utilizaram a ressonância magnética funcional (fMRI) - que mostra a atividade cerebral durante uma tarefa - para verificar se os adultos com dislexia processavam a linguagem diferentemente dos leitores típicos. O teste- realizado enquanto os pacientes completavam uma tarefa fonética- mostrou que várias partes do cérebro, predominantemente no lado esquerdo, eram menos ativas em pacientes com dislexia. Essas áreas estão associadas com o processamento de sons fonéticos e o reconhecimento de objetos familiares.
"Isso comprovou nossas descobertas e de outros e confirmou que a dislexia tem base biológica," disse Flowers.
Depois, os pesquisadores testaram para ver se a instrução fonética iria melhorar a habilidade de leitura e produzir mudanças na ativação cerebral. Metade dos pacientes com dislexia receberam instruções baseadas na fonética 15 horas por semana por 18 semanas. Antes da instrução começar, eles completaram um testes escritos para medir suas habilidades de leitura e se submeteram ao (fMRI).
Após a instrução, eles completaram uma segunda seção de teste de escrita e fMRI. Os testes escritos mostraram que os pacientes que receberam instrução progrediram de 6 a 23% na leitura de textos, consciência fonética e habilidade para decodificar palavra escrita. O teste de fMRI revelou que a melhora na leitura correspondia ao aumento da atividade em áreas do cérebro associadas ao processamento fonético, capacidade de associar símbolo com som e capacidade para reconhecer se uma seqüência de letras representa uma palavra.
Flowers disse que a melhora na habilidade de leitura era significativa suficiente para fazer a diferença na vida cotidiana dos pacientes. Flowers disse que a instrução baseada em fonética foi escolhida para a pesquisa porque ela provou ser eficiente em crianças. Ela disse que os pesquisadores estão constantemente trabalhando para verificar se um programa menos intensivo terá os mesmos benefícios.
Ela recomenda que um adulto dislexo que queira seguir a instrução de leitura selecione um programa baseado na fonética que foque a estrutura da linguagem e no funcionamento da mesma. Este também deveria envolver sentidos múltiplos, incluindo a aparência da letra, os sons e a percepção das letras.

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